O livro branco e a pausa cromática que talvez todos precisemos

Iniciámos as tertúlias de 2025 ontem, numa tarde de domingo meio chocha, mas que inesperadamente se tornou solarenga e quente. A preguiça que Janeiro nos trouxe, com toda a agitação de dezembro ainda a pesar no corpo, andou a adiar a nossa reunião, mas dos fracos não reza a história, e lá fomos visitar a sala de convívio da Pousada da Juventude da Lousã, carregadas de livros e muitas ideias para partilhar. A obra que tínhamos escolhido para ler, "O livro branco" da mais recente prémio Nobel da Literatura, Han Kang, não nos entusiasmou por aí além, mas a culpa foi repartida por nós, que o escolhemos por ser pequeno... Nem todas as obras de um escritor são dignas de aplausos, algumas são só banais, ou pouco significativas, e quem leu outros títulos da autora pôde defender a sua honra de premiada, pois um Nobel de Literatura premeia um trabalho contínuo e não livros em particular. Han Kang mostra-nos um lado muito pessoal e pouco apelativo neste "livro branco", uma f...