As conversas são como as cerejas




As cerejas eram biológicas, apanhadas horas antes no quintal de uma de nós, doces, saborosas, e foram as grandes culpadas de quase não se ter falado da obra "Como água para chocolate". Conversou-se até bem perto das 23h00, com a naturalidade com que se comem cerejas, umas atrás das outras, e a autora do mês ficou a pairar por ali, certamente a influenciar aquela informalidade que nos atacou, porque a comida tem este efeito, como no livro pudemos testemunhar. Nem o chá calmante nos pôs travão, sempre que agarrávamos mais uma cereja, lá nos lembrávamos de outra curiosidade que nada tinha a ver com literatura. A culpa não foi do livro, de qualquer desinteresse pela obra, bem pelo contrário, todas gostámos bastante de o ler, ninguém fez frete, e entrámos tão bem no universo colorido, cheio de sabores e emoções do México, que nos perdemos em gargalhadas e boa disposição. Talvez tenha sido o calor, que juntamente com as cerejas nos tenha deixado naquele estado, nunca o saberemos. Mas em caso de dúvida, escolhemos outra obra das "américas latinas" para continuarmos bem dispostas. No próximo mês de Julho iremos conversar sobre Isabel Allende, com ou sem cerejas!

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